Brilho de colisão planetária é observado pela primeira vez

Em dezembro de 2021 a estrela 2MASS J08152329-3859234 se tornou mais fraca quando observada com telescópios de luz visível, mas ao mesmo tempo foi percebido que sua radiação em infravermelho aumentou. Agora, pesquisadores descobriram que esses eventos se deram em decorrência de uma colisão planetária.

Depois que a estrela perdeu parte do seu brilho visível, ela passou a ser observada regularmente por outros telescópios no mundo todo e foi renomeada como ASASSN-21qj. Foi aí que astrônomos perceberam que novecentos dias antes do escurecimento óptico ela se tornou mais brilhante em comprimentos de onda infravermelhos.

  • A combinação desses dois eventos indica que uma nuvem de poeira surgiu pelos arredores da estrela, provavelmente resultado de uma colisão planetária.
  • No início a nuvem não era visível, mas a radiação da ASASSN-21qj a aqueceu a temperaturas próximas de 750° C, fazendo-a brilhar em infravermelho.
  • Eventualmente, ela passou no nosso campo de visão e bloqueou o brilho da estrela, cerca de 100 dias depois a nuvem começou a diminuir a radiação infravermelha, o que acredita-se ser uma coincidência.

A partir da análise da quantidade de poeira em torno da ASASSN-21qj, foi estimado que os planetas que colidiram eram maiores que a Terra, provavelmente gigantes de gelo como Urano e Netuno. Os objetos encontravam-se entre  2 e 16 unidades astronômicas da estrela, equivalendo a uma distância pouco além da órbita de Marte até Urano no Sistema Solar.